segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Confira Este Texto Assinado Por Elisneudo Fonseca, da Quadrilha Junina Arrasta Pé Do Sertão * ALERTA AOS QUADRILHEIROS*

Não basta dançar quadrilha para exibir o figurino caprichado, a maquiagem quase perfeita, o penteado escultural, o passo e formatos sem sentido, cantar sem sentir o prazer. É preciso deixar que o calor da fogueira aqueça o coração, que em suas veias corra o sangue quadrilheiro e em cada apresentação sentir um friozinho na barriga como um gole de aluá descendo goela abaixo. Deixando o figurino encharcado do mais puro gozo junino, sair rouco do arraiá e tomar aquele caipirinha com vatapá. Comemorar com seu par as vitórias num grito que fica entalado na garganta durante pelo menos um ano e poder chorar nas derrotas, erguendo sempre a cabeça e vestido a camisa do seu grupo como se ela fosse sua segunda pele. É escutar crítica e sempre achar que elas são destrutivas. Passar o ano inteiro falando das festas juninas. Contar os dias e as horas para chegar o momento de ir para o ensaio e pegar o seu chapéu, sua anágua, seu sapato e colocá-lo com o peito estufado como se ninguém nota-se que você é diferente de todos os outros com aqueles adereços. É participar de cada detalhe da confecção e construção desde o tema até a organização do passeio da despedida, que mesmo endividado fazemos questão em ir. È sorrir sempre num sentimento que arrepia até a alma, uma Alma quadrilheira, que esbanja amor, emoção e que jamais alguém será capaz de explicar. O Amor pelo São João.

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